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Foto do escritorBernardo Mota

Poderemos estar atualmente enganados quanto à nossa realidade?


Poderemos estar atualmente enganados quanto à nossa realidade? Será que o que sempre acreditamos está errado, ou necessita de uma nova abordagem? Estas são questões fundamentais para a compreensão de quem realmente somos, presentes desde a nossa queda à 3ª Dimensão.


A "queda", dita desta maneira, simboliza a descida da Consciência 5D para 3D, o que resultou em uma "cegueira" da nossa verdadeira essência. Passamos de uma priorização espiritual, da partilha, da compaixão, do amor incondicional e da valorização dos instintos, para uma priorização da materialidade, do ego, do conflito, do confronto e de um amor condicional. Pode não parecer um problema sistémico à primeira vista, mas na realidade, tornou-se uma "infestação" global.


Por que se deu essa queda? Como é que os novos conceitos que surgiram nos influenciaram? De facto, essas mudanças a nível de consciência podem ser comparadas a um adulto voltar a ser bebé e ter que aprender tudo novamente. Grandes mudanças foram feitas e influenciaram as gerações seguintes. Um exemplo notável é a de identidade, comportamento e amor que vemos na Bíblia do Velho Testamento. Como passamos a adorar um Deus vingativo, julgador e castigador? Será esta supraconsciência omnipotente sedenta de aprovação e seguidores? Ou poderemos estar completamente errados face ao que acreditamos?


Para mim, estamos errados. 


Este Deus vingativo que precisa da nossa aprovação e seguimento, apresentado no Alcorão, no Velho Testamento e na Torá, não é a Verdade. Não nos podemos esquecer que a palavra de Deus foi apresentada por pessoas. A palavra de Deus quanto à humanidade foi apresentada pela humanidade. O que se apresenta pode ser um lapso da passagem dos tempos, como no jogo do telefone, onde a mensagem inicial quando retorna a nós é completamente diferente.


Deus não é apenas amor, ele é Amor Incondicional. A diferença torna-se nítida quando entendemos que o amor incondicional não exige nada em troca, não pune, não julga. Ele simplesmente é. A nossa verdadeira essência reside nesse amor incondicional, que é a base da nossa existência e da nossa consciência mais elevada.


Ao reconhecer a nossa queda e a nossa "cegueira", podemos começar a despertar para a verdade de quem somos. Podemos redescobrir a nossa conexão com o divino e com o amor incondicional que permeia tudo. Esta redescoberta é um processo de relembrar, de voltar a conectar com a nossa essência espiritual e de transcender as limitações impostas pela materialidade.


O caminho para esta redescoberta passa pelo autoconhecimento, pela prática do amor incondicional e pela procura da verdade interior. Precisamos de questionar as crenças e os dogmas que nos foram impostos, e abrir-nos a novas perspectivas que ressoem com a nossa essência mais profunda. A verdadeira espiritualidade não é encontrada em textos sagrados interpretados de forma rígida, mas na experiência direta do divino dentro de nós e em tudo ao nosso redor.


Ao reconectar com a nossa essência divina, podemos começar a curar as divisões e os conflitos que surgiram da nossa "queda". Podemos criar um mundo baseado na compaixão, na partilha, na valorização dos instintos e no amor incondicional. Este é o verdadeiro propósito da nossa existência: redescobrir e manifestar a nossa divindade inata, vivendo em harmonia com nós mesmos, com os outros e com o universo.


A transformação começa dentro de cada um de nós. Ao despertar para a nossa verdadeira essência e ao viver de acordo com os princípios do amor incondicional, podemos inspirar os outros a fazer o mesmo. Juntos, podemos elevar a consciência coletiva e reverter os efeitos da nossa "queda", criando uma nova realidade baseada na verdade, no amor e na unidade.

Haverá alguma esperança? Não seremos mais do que uma espécie de seres descontrolados, lançando bombas? Permitimos que seiscentas e cinquenta e três crianças morram de fome por hora, enquanto defendemos uma economia global que beneficia uma elite reduzida. Estaremos tão reduzidos da mente coletiva que acreditamos que a solução para a violência é andar armados?


Estamos tão distantes da moral coletiva que não conseguimos alterar as condições que promovem crises de refugiados, criando milhões de sem-abrigo e pedidos de asilo a outros países. Será que nos tornamos em tiranos intimidadores, com punho erguido, língua afiada e queixo levantado, prontos a desafiar qualquer um que defenda a gentileza, a paz e - Deus nos perdoe - o amor?


Se nem conseguimos concordar sobre como discordar, será que podemos ao menos concordar sobre como podemos concordar? Podemos nos tornar Divinamente inspirados, Divinamente motivados, Divinamente ativos, Divinamente manifestados e Divinamente realizados?


Sim. Sim, podemos. A esperança reside em nossa capacidade de reconhecer a interconexão de todas as coisas. Devemos transcender a visão limitada e abraçar uma perspectiva mais ampla, onde a compaixão e o amor incondicional sejam as forças orientadoras. É imperativo que cada um de nós comece a agir a partir de um lugar de entendimento profundo e empatia.


Bernardo Decq Mota, 2024


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